Orientações
Trecho da Carta de Tia Neiva
Partida Evangélica
Meu Filho Jaguar, filho querido do meu coração! No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora Mãe Yara não me deixou cair no plano de muitos e advertia a toda hora. Podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam sem aquelas “reprimendas”. Não tinha importância que eu sofresse desde que a obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira.
Em 1958 eu estava no auge de minhas “alucinações” como diziam algumas pessoas que me conheciam, quando um certo dia, acompanhada de três colegas entramos no Maracangalha, um restaurante da Cidade Livre. Estávamos conversando sobre o nosso trabalho na NOVACAP e trouxeram uma travessa com bifes, por sinal, muitos, e era sexta-feira da paixão. Eu tinha o princípio da Igreja Católica, não levei nada em consideração, coloquei um dos bifes no prato.
Naquele instante (na vibração e na desarmonia em que eu vivia), ouvi uns estampidos e era Mãe Yara.
– FILHA, disse ela, CONTINUAS COMO ERAS. JÁ ESTÁS TÃO DESAJUSTADA QUE TE ESQUECES DOS PRINCÍPIOS DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA? ALERTA-TE, CUIDA DOS TEUS SENTIMENTOS. O DIA DE HOJE REPRESENTA EM TODOS OS PLANOS, OS MESMOS SENTIMENTOS POR JESUS CRUCIFICADO. EM TODOS OS PLANOS DESTE UNIVERSO QUE NOS É CONHECIDO, SENTIMOS RESPEITO. FILHA, ESTÁ NA HORA DEVOLVES O TEU BIFE PARA A TRAVESSA DO RESTAURANTE.
Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse e, vi que não comiam carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a loucura.